Voar em uma vassoura ou encontrar um chapéu que fala não são coisas possíveis de se ver ou fazer no mundo real, mas pode-se vivenciar essa experiência quando se desfruta de uma obra fantástica. Esse gênero fictício se caracteriza, de acordo com Todorov (2019, p. 31), pela incerteza apresentada por um indivíduo que está sempre cercado pelas leis naturais ao presenciar um acontecimento sobrenatural. Para que se defina o fantástico, o indivíduo não pode fazer uma escolha entre o natural e o sobrenatural: ele deve permear pelos dois universos, pois, por meio dessa incerteza e intercalação de ambos os mundos, o fantástico se faz possível. Sendo assim, para Todorov (2019, p. 30): Num mundo que é exatamente como o nosso, aquele que conhecemos, sem diabos, sílfides e nem vampiros, produz-se um acontecimento que não pode ser explicado pelas leis deste mesmo mundo familiar [...] O fantástico é a hesitação experimentada por um ser que só conhece as leis naturais, face a um acontecimen...
Não é segredo que a Marvel vem saturando o mercado cinematográfico com suas produções, a antes tão elogiada formula Marvel já esta desgastada por conta da incessante repetição, por este motivo, quando suas séries foram anunciadas fiquei receosa, meu medo era de que a tal formula atravessasse as barreiras do cinema e invadisse a televisão deixando a temática tão amada de super-heróis enjoativa por sempre ser apresentada da mesma forma. No entanto, para alegria de todos e felicidade geral da nação, Wandavision chegou reformulando a formula Marvel e trazendo um frescor a muito não visto nas produções da empresa. A série foi vendida ao publico como uma sitcom, e nos primeiros 3 capítulos é isso que é entregue, sabemos que tem algo errado, a própria historia nos da pistas disso o tempo todo, seja de formas sutis, como no primeiro capitulo com a indagação de Agnes sobre a ausência da aliança na mão de Wanda ou de forma mais enfática, mostrando elementos coloridos em uma série em preto ...