Voar em uma vassoura ou encontrar um chapéu que fala não são coisas possíveis de se ver ou fazer no mundo real, mas pode-se vivenciar essa experiência quando se desfruta de uma obra fantástica. Esse gênero fictício se caracteriza, de acordo com Todorov (2019, p. 31), pela incerteza apresentada por um indivíduo que está sempre cercado pelas leis naturais ao presenciar um acontecimento sobrenatural. Para que se defina o fantástico, o indivíduo não pode fazer uma escolha entre o natural e o sobrenatural: ele deve permear pelos dois universos, pois, por meio dessa incerteza e intercalação de ambos os mundos, o fantástico se faz possível. Sendo assim, para Todorov (2019, p. 30): Num mundo que é exatamente como o nosso, aquele que conhecemos, sem diabos, sílfides e nem vampiros, produz-se um acontecimento que não pode ser explicado pelas leis deste mesmo mundo familiar [...] O fantástico é a hesitação experimentada por um ser que só conhece as leis naturais, face a um acontecimen...
A franquia Star Wars, influenciou, não só uma geração, mas todas a partir do surgimento da saga. Um bom exemplo desta influência é mostrado por Taylor, (2015 p 236), ao citar um caminhoneiro que após ver o primeiro filme da saga se demitiu e entrou para a indústria cinematográfica. O caminhoneiro em questão é o renovável diretor de Titanic e Avatar, James Cameron.
Contudo, se a influência desta franquia foi tanta mudando inclusive o jeito hollywoodiano de produzir filmes, o que influenciou o jovem George Lucas a criar Star Wars?
Muitas coisas influenciaram o cineasta, mas começaremos pela que teria sido a primeira delas. De acordo com Taylor, (2015, p. 51), quando criança Lucas tinha um vício por historias em quadrinhos, tendo uma coleção tão grande, que tinha um cômodo exclusivo. Elas serviram de inspiração para vários elementos da saga, como Vader ser pai de Luke, o plot twist foi inspirado em um quadrinho chamado Academia West Pont do Espaço, onde o herói também era filho do vilão. Conforme o documentário Empire of Drems the Story of the Star Wars, Lucas sempre desejou fazer uma Opera Espacial como Flash Gordon, série que ele acompanhou tanto pela TV, quanto pelos gibis, ele desejava tanto que, como fala Pollock (2015, p 41), assistiu novamente a série quando foi escrever o roteiro de Star Wars, e mais amadurecido fazer a seguinte colocação sobre a experiência: “Eu estava estarrecido de ver o quanto havia ficado encantado com algo tão ruim”.
Apesar de importantes, Flash Gordon e as outras histórias em quadrinhos foram apenas o ponto de partida, George queria dar mais profundidade ao seu universo, Star Wars teria uma influência política muito presente. No livro de Taylor, (2015 p.15), Lucas diz:“ Star Wars é baseado em um contexto politico, emocional e social muito, muito elaborado”, vemos que o cineasta não era um apoiador da guerra no Vietnã, já que as forças armadas americanas no Vietnã serviram de inspiração para o Império, sendo o imperador inspirado em ninguém menos, que o então presidente Nixon, tendo do outro lado os Vietcongues representados como os valentes Ewoks.
Além da temática política presente em toda a saga observa-se também certa religiosidade, para tal feito, de acordo com o documentário Empire of Drems the Story of the Star Wars, George foi influenciado pelo escritor Joseph Campbell, que em seu trabalho, The Hero With a Thousand Faces (1949), discorre sobre as origens das mitologias e das religiões
8
existentes, Uma inspiração bem marcante que deu origem a filosofia Jedi, que ainda, de acordo com o documentário Empire of Drems the Story of the Star Wars, foram inspirados nos samurais e sua filosofia com muitos preceitos da filosofia budista. Entretanto, também temos conceitos do cristianismo, isto de acordo com Taylor, (2015 p.101), pode-se interpretar Anakin como o anjo caído, no momento que ele se torna Vaider, e os Jedi como os cavaleiros templários, tendo como objetivo manter a paz.
Nos filmes também somos apresentados ao conceito da Força, que é explicado de forma magistral por Obi-Wan no primeiro filme da saga: “a Força é o que dá poder ao Jedi. É um campo de força criado por todos os seres vivos. Ela nos cerca, nos penetra. Une a galáxia”. Taylor, (2015 p. 99), é mencionada a relação com o Taoismo, na forma do chie na Índia como aprana, podendo ser interpretadas como uma força vital. Esta definição é simples e concisa, se encaixando em qualquer religião e não apenas nos exemplos mostrados a cima, podendo cada um interpretá-la a sua maneira, adequando-a de acordo com as próprias crenças e vivencias. Talvez, por este motivo, o conhecido diretor de O poderoso Chefão e amigo de George, Francis Ford Coppola, sugeriu a ele, montar uma religião tendo o conceito da Força como base, Taylor, (2015, p. 97).
Contudo, se a influência desta franquia foi tanta mudando inclusive o jeito hollywoodiano de produzir filmes, o que influenciou o jovem George Lucas a criar Star Wars?
Muitas coisas influenciaram o cineasta, mas começaremos pela que teria sido a primeira delas. De acordo com Taylor, (2015, p. 51), quando criança Lucas tinha um vício por historias em quadrinhos, tendo uma coleção tão grande, que tinha um cômodo exclusivo. Elas serviram de inspiração para vários elementos da saga, como Vader ser pai de Luke, o plot twist foi inspirado em um quadrinho chamado Academia West Pont do Espaço, onde o herói também era filho do vilão. Conforme o documentário Empire of Drems the Story of the Star Wars, Lucas sempre desejou fazer uma Opera Espacial como Flash Gordon, série que ele acompanhou tanto pela TV, quanto pelos gibis, ele desejava tanto que, como fala Pollock (2015, p 41), assistiu novamente a série quando foi escrever o roteiro de Star Wars, e mais amadurecido fazer a seguinte colocação sobre a experiência: “Eu estava estarrecido de ver o quanto havia ficado encantado com algo tão ruim”.
Apesar de importantes, Flash Gordon e as outras histórias em quadrinhos foram apenas o ponto de partida, George queria dar mais profundidade ao seu universo, Star Wars teria uma influência política muito presente. No livro de Taylor, (2015 p.15), Lucas diz:“ Star Wars é baseado em um contexto politico, emocional e social muito, muito elaborado”, vemos que o cineasta não era um apoiador da guerra no Vietnã, já que as forças armadas americanas no Vietnã serviram de inspiração para o Império, sendo o imperador inspirado em ninguém menos, que o então presidente Nixon, tendo do outro lado os Vietcongues representados como os valentes Ewoks.
Além da temática política presente em toda a saga observa-se também certa religiosidade, para tal feito, de acordo com o documentário Empire of Drems the Story of the Star Wars, George foi influenciado pelo escritor Joseph Campbell, que em seu trabalho, The Hero With a Thousand Faces (1949), discorre sobre as origens das mitologias e das religiões
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existentes, Uma inspiração bem marcante que deu origem a filosofia Jedi, que ainda, de acordo com o documentário Empire of Drems the Story of the Star Wars, foram inspirados nos samurais e sua filosofia com muitos preceitos da filosofia budista. Entretanto, também temos conceitos do cristianismo, isto de acordo com Taylor, (2015 p.101), pode-se interpretar Anakin como o anjo caído, no momento que ele se torna Vaider, e os Jedi como os cavaleiros templários, tendo como objetivo manter a paz.
Nos filmes também somos apresentados ao conceito da Força, que é explicado de forma magistral por Obi-Wan no primeiro filme da saga: “a Força é o que dá poder ao Jedi. É um campo de força criado por todos os seres vivos. Ela nos cerca, nos penetra. Une a galáxia”. Taylor, (2015 p. 99), é mencionada a relação com o Taoismo, na forma do chie na Índia como aprana, podendo ser interpretadas como uma força vital. Esta definição é simples e concisa, se encaixando em qualquer religião e não apenas nos exemplos mostrados a cima, podendo cada um interpretá-la a sua maneira, adequando-a de acordo com as próprias crenças e vivencias. Talvez, por este motivo, o conhecido diretor de O poderoso Chefão e amigo de George, Francis Ford Coppola, sugeriu a ele, montar uma religião tendo o conceito da Força como base, Taylor, (2015, p. 97).
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